CeRDI estuda vacina combinada contra Covid-19 e Influenza

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Imunobiológicos (CeRDI) estuda a produção de uma vacina combinada contra a Covid-19 e o vírus da Influenza. O foco do núcleo é desenvolver pesquisas e imunobiológicos principalmente para influenza e anticorpos monoclonais, mas também se preocupa com questões importantes de saúde pública, como é o caso da pandemia do coronavírus.

Já em andamento, os pesquisadores do CeRDI trabalham para desenvolver o imunizante combinando a vacina da gripe com a Butanvac - vacina do Instituto Butantan contra a Covid-19 - já que são duas doenças respiratórias graves. Hoje o mundo vive a pandemia do coronavírus, mas há o temor de que a Influenza também se torne pandêmica, a depender do ano e das cepas do vírus.

O pesquisador Paulo Lee Ho, coordenador de comunicação do CeRDI, diz que a vacina combinada pode dar vantagens para o sistema de saúde e também para a população.

“Os hospitais podem ser impactados negativamente porque ocorre uma circulação conjunta desses vírus. Se conseguirmos minimizar os problemas com uma vacina combinada, que protegeria contra os dois patógenos, podemos ter vantagens para a população e para o sistema de saúde”, explica o pesquisador.

Lee Ho explica, ainda, que as vantagens são econômicas e logísticas porque o estudo da vacina combinada usa a mesma tecnologia da vacina da gripe e a população pode passar a tomar apenas um imunizante e não dois, como vem acontecendo.

Atualmente a pesquisa está na fase de prova de conceito, que deve comprovar em modelo animal que a vacina combinada funciona para as duas doenças. A expectativa para o sucesso da pesquisa é grande, já que o Butantan possui toda a estrutura e fornecedores necessários para o bom andamento do projeto.

“Estamos aguardando os resultados que vão nos suportar para fazer estudos pré-clínicos de eficácia e segurança, e depois estudos de fase um, dois e três, para enfim conseguirmos o registro. A gente teria toda condição de produzir porque a estrutura de produção já está instalada”, afirmou o pesquisador.

Além de desenvolver o antígeno, por meio do Instituto Butantan o CeRDI poderá produzir o adjuvante, que é um componente importante para combater uma pandemia no menor tempo possível.